HORTA FITOTERÁPICA USF MIRANTE

     

            Diante das informações obtidas com o processo de territorialização da microárea, observou-se os problemas e as potencialidades que servirão de embasamento, para desenvolver uma Prática Integrada de Promoção e Vigilância em Saúde no território. Ao levar em consideração as necessidades locais por meio da caracterização da situação epidemiológica, a proposta de intervenção na saúde pode melhorar os níveis de resolubilidade nos atendimentos.(Chaves e Mafra, 2004 p.128).

             A melhoria das condições de vida da população dessa área mostra-se como uma necessidade local, possibilitando pensar em possíveis potencialidades observadas no território; potencialidades essas que trabalhadas em conjunto com a comunidade pode promover a melhoria nas condições de vida da população, além de possibilitar a construção de um maior vínculo dos usuários com a rede de saúde.

             Nessa microárea, grande parte dos moradores possui quintais ou outras áreas onde cultivam plantas. Em razão disso, foi proposto pelo grupo a criação de uma horta fitoterápica na Unidade de Saúde do Mirante em conjunto com a comunidade. Para a realização desse projeto iniciaremos um processo de educação em saúde com a população, para que possam compreender a relevância de práticas da medicina complementares, como a fitoterapia. A fitoterapia e o uso de plantas medicinais fazem parte da prática da medicina popular, constituindo um conjunto de saberes internalizados nos diversos usuários e praticantes, especialmente pela tradição oral. (Bruning M.C.R; Mosegui G.B.C et al; 2012 p.2676)

            O trabalho de educação popular em saúde sobre as práticas da medicina complementar com a utilização de ervas medicinais, por meio da realização de oficinas, pode ser uma ferramenta eficaz para promover o resgate dos aspectos culturais significativos dos antepassados que faziam uso de ervas para tratar das diversas enfermidades.

        Apesar de existirem plantas medicinais que apresentam inúmeros benefícios à saúde das comunidades, a utilização e preparo dessas ervas deve ser realizado de modo correto. A realização segura desses atendimentos está vinculada ao conhecimento prévio do profissional de saúde sobre a terapêutica com fitoterápicos ou plantas medicinais.(Bruning M.C.R; Mosegui G.B.C et al; 2012 p.).

O conhecimento sobre a fitoterapia e a utilização das plantas medicinais pelos profissionais de saúde é de grande relevância no tratamento das enfermidades. 

          A construção da horta será realizada no período de fevereiro a maio de 2018 com a colaboração de moradores e discentes da Universidade Federal do Sul da Bahia. A cada semana será realizada uma ação das etapas do plantio e revitalização da área. Ações como rodas de conversa e palestras também serão realizadas.

            Para construção da horta será necessária a realização de oficinas de compostagem, a fim de fertilizar o solo para o plantio de ervas medicinais na unidade de saúde. Em razão disso, serão utilizados materiais reciclados e de baixo custo como: galões de água mineral vencidos, sacos de cebola e câmaras de ar de bicicleta. Além de ferramentas como enxada, rastelo, mangueira e outros materiais de jardinagem.

            Ademais, os colaboradores da horta e os agentes de saúde serão cadastrados no AVASUS para realização de uma capacitação gratuita e online sobre o cultivo de plantas fitoterápicas e medicinais, para será necessário encontros dos discentes com os agentes de saúde, para que possam se capacitar e saibam informar aos usuários do serviço sobre a relevância e o uso racional de fitoterápicos no tratamentos de diversas enfermidades. Todas as plantas cultivadas serão às listadas na RENISUS.